16 abril, 2011


Pode surgir de uma amizade, acontecer a partir de um esbarrão no meio da rua e algumas vezes até pela tela do computador. Às vezes nasce em uma pista de dança, no encontro de dois olhares, com o calor da pele. Depois de um beijo, de uma conversa, até após uma despedida. É sempre inesperado, você nunca quer ou escolhe, não tem medidas. Cura várias feridas, causa sorrisos, torna o dia mais bonito. Pode ser intenso ou tímido, o que importa é que seja verdadeiro. Acelera o coração, faz a mãos tremerem, arrepia o corpo inteiro. Vem acompanhado com o desejo, nunca sacia a vontade, faz a mente sentir saudade. Faz você correr atrás, é bem incerto, gera dúvida. “Mas por que ele?”. Te envolve, domina e fascina. Implora pelo abraço, não liga para o cansaço, te dar coragem. Ligação na madrugada, ciúme descontrolado, sentimento apertado. Normalmente surge através dos opostos, é como música com volume ilimitado. Você vai aumentando ou diminuindo, depende da sua disposição em senti-lo. Os dias passam lentamente, tudo perde a importância, um alguém desconhecido se torna fundamental. Tem gente que denomina como doença, porque faz sorrir por nada e chorar sem motivo algum. Mas e daí que enlouquece? O que seria da vida sem adrelina, sem sentir e querer? Dificilmente dar pra esquecer. É algo meio masoquista, você sofre mas não consegue desistir, você quer ir embora mas algo te faz ficar. Você pensa que esqueceu, mas aquilo nunca esteve tão presente em você. Ele chega assim, devagar como quem não quer nada, vai roubando espaço, conquistando sua atenção, penetra seu coração. Não pede licença, chega e fica. E só quem já sentiu sabe a dor que é ter que largar. É a inspiração de muitos, a dor de alguns, a vida de outros. Necessário para todos. É o amor.

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